Minha voz recortada em soluços,
Como navalha corta-me os pulsos;
E o sangue que verte, esKARLAte, rubro,
É a mortalha fúnebre com que me cubro.
Dobra-me os joelhos perante a Algoz
Que o eco macabro da minha voz
Ecoa frio como a terra, que o acúmulo
Encerra meu cadáver neste túmulo.
Solidão, Desespero, torno ao pó.
Veste-me o Destino que resta inglório,
A viúva me abandona no velório
Pra de mim, ao meu lado, só.
E eis que desperto do encanto forte
Do pútro beijo que me sorve a Morte:
Como Romeu renascido, como tais
Poetas sem corvos do "nunca mais".
Julieta, sê-me breve em teu veneno
Que o Inverno sombrio da minha figura,
Ainda enlaçados os ossos na sepultura,
Faz o gelar do cemitério mais ameno...
Sê-me breve, amada Lenora,
Põe fim à tragédia deste corvo
Que a noite deste poema torvo
Faça-se finada à luz da Aurora.
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Eu te amo mais que a vida, mais que a poesia que você tem, tem mais ainda felicidades pra minha poesia...
ResponderExcluirPoesias tristes, verdade... Mas você me completa, e faz tudo valer a pena...
Somos mais, do mesmo... Somos iguais. ;)
ResponderExcluirTe amo por isso.